"O Frevo está no sangue do povo"...



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Missão Cumprida 2 !!!


Agradeço a todos os passistas da GASC, que já são parte integrante da Orquestra Freviação há alguns anos, pela dedicação e pela importante colaboração dada para a continuação desse projeto de consolidação do frevo como principal manifestação "cultural" do carnaval de Santa Cruz.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Missão cumprida!!!

A Orquestra Freviação agradece a todos que prestigiaram o nosso carnaval.

Agradecemos também àqueles que durante o carnaval nos ajudaram a fazer desse nosso 12º carnaval, mais um carnaval de paz, alegria e responsabilidade.

Agradecemos a todos os nossos patrocinadores:

M4 Net - O seu provedor de internet
Tiger Vision
Supermercado Rodrigues
Drogaria Drogavida
Nova Center Cópia

Agradeço a todos os músicos que, com muita dedicação, deram sua importante colaboração para a continuação desse projeto de consolidação do frevo como principal manifestação "cultural" do carnaval de Santa Cruz.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Frevo na feira e mais dois projetos de Santa Cruz recebem hoje o Prêmio Carnaval 2012

O Prêmio Carnaval Potiguar 2012 será entregue hoje, quarta-feira, dia 15, às 17h, no Palácio Potengi, Pinacoteca do Estado. A governadora Rosalba Ciarlini estará presente na solenidade, juntamente com a secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado. A assinatura do termo de premiação contará com atrações culturais como a Orquestra de Frevo do Maestro Duarte e apresentação do espetáculo "Retalhos do Carnaval", do Grupo de Teatro Pão Doce, de Mossoró.

Santa Cruz teve três projetos contemplados: Frevo na Feira (Camilo Henrique); Ô abre alas (Maria Rosimar) e G.R.E.S Unidos da Ponte (Vanderley Aires).


Todos os proponentes dos projetos habilitados (ver no link Editais / Resultado) devem comparecer para assinar o Termo de Premiação, a fim de que recebam a ordem de pagamento. "O Governo do Estado decidiu financiar a cultura, numa de suas mais tradicionais manifestações populares, o Carnaval, através de seleção pública. Por enteder que dessa maneira, os recursos públicos são investidos democraticamente entre aqueles que já fazem o Carnaval Potiguar", explicou Isaura Rosado.

O Edital do Carnaval Potiguar 2012 da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN (Secultrn/FJA) recebeu 183 inscrições de projetos de agremiações carnavalescas de 31 municípios e habilitou 82 projetos, distribuídos em 30 municípios. O total de investimentos do Governo do RN foi de R$ 410 mil, distribuídos da seguinte maneira: Festas Carnavalescas (2 prêmios de R$ 50 mil) Escolas de Samba Grupo A (10 prêmios de R$ 8 mil cada) Escolas de Samba Grupo B (4 prêmios de R$ 5 mil) Blocos A (8 prêmios de R$ 6 mil) Blocos B (13 prêmios de R$ 3 mil) Blocos C (25 prêmios de R$ 2 mil) e Bloco D (1 prêmios de R$ 1 mil) a categoria Baile/Eventos A (4 prêmios de R$ 6 mil) e B (6 prêmios de R$ 3 mil) a última categoria premiada, Tribos de Índio, assim ficou dividida: A (6 prêmios de R$ 4 mil) e B (3 prêmios de R$ 2 mil).

Natal, Macaíba e Ceará-Mirim foram as cidades que mais enviaram projetos para o Edital. Ao todo,foram 30 cidades contempladas entre as quais: Santa Cruz, Areia Branca, Alexandria, Caicó, São Gonçalo do Amarante, Jardim do Seridó, Bom Jesus, Baía Formosa, Lagoa de Pedra, Açu, Brejinho, São Tomé, Angicos, Barcelona, Monte Alegre, Parnamirim, Pedro Velho, Acari, Campo Grande, Grossos, Goianinha, Extremoz, Macau, Lajes, Mossoró, Janduis e Cruzeta. O resultado detalhado pode ser visto na página www.cultura.rn.gov.br, no link Editais / Resultado.

Fonte: Site da SECULTRN

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Carnaval dos Carnavais: Mais uma noite inesquecível





 A noite do último sábado no Trairi Clube foi realmente, e mais uma vez, inesquecível. E o Presságio proferido  pelo nosso amigo Bruno Fernandes se cumpriu:

Hoje é dia de reviver tempos imemoriais... dia de consolar Arlequim, que chora pelo amor da Colombina; dia de viver um turbilhão de emoções, iluminados pela lua e pela estrela d'alva que do céu desponta; dia de erguer a bandeira branca e reverenciar as belezas que essa cidade maravilhosa oferece; dia de botar meu bloco na rua, cobrir o chão da praça de confete e serpentina, limpar tudo com as vassourinhas, esperando o sol desnudar a noite com os primeiros raios da aurora...

Carnaval dos Carnavais
Texto postado no facebook poucas horas antes do evento.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Parabéns ao Frevo: 105 anos de alegria

Quando Capiba afirmou que Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem, poderia ter acrescentado também uma “música”. Ambos, nasceram e desenvolveram-se em Pernambuco. Nunca se conseguiu que brotasse em outra terra, ao menos com a autenticidade do que se faz no estado. Detalhes, nuanças há no frevo que “estrangeiros” não conseguem captar.

O passo e o frevo são uma espécie de mistério dentro da cultura popular brasileira. Mistério, porque as condições sob as quais surgiram, frevo e passo, eram as mesmas, por exemplo, das que havia no Rio de Janeiro, na mesma época (da segunda metade do século 19, início do século 20). Conforme afirma o antropólogo Carlos Eugênio Líbano, em seu A negregada instituição, maltas de capoeiras, assim como acontecia no Recife, também tinham as bandas marciais de sua predileção, e as seguiam, exibindo suas habilidades, não raro entrando em confronto com outras maltas, quando coincidia de as bandas cruzarem-se pelas ruas da então capital do país.

Assim era em Pernambuco, com as bandas de música dos batalhões aquartelados na capital pernambucana. Uma delas chamada de O Quarto, por ser do Quarto Batalhão de Artilharia, a outra A Espanha, do Corpo da Guarda Nacional, assim denominada por ser espanhol o mestre da banda, Pedro Garrido. Por que a música tocada pelas bandas cariocas não evoluiu para o frevo, ou algo semelhante? A resposta mais provável é a que sugere o jornalista Rui Duarte, em seu História Social do Frevo.

Os capoeiras adotavam uma banda marcial como a de sua preferência, e considerava adversário quem não compartilhasse da mesma “torcida”. Pernadas, golpes com pau de quiri, espetadas com faca, punhal eram distribuídos com os partidários da banda adversária. A proibição ao desfile dos capoeira, pelo governo da província de Pernambuco deu-se em 1856. Mesma época em que as limas-de-cheiro, dos entrudos, e os capoeiras eram alvo de proibição no Rio de Janeiro. A diferença, aponta Ruy Duarte, é que enquanto as ordens foram obedecidas no Rio, que adotou um carnaval Europeu, no Recife, que respirava rebeldia e agitação, a proibição foi driblada com a fundação de clubes carnavalescos: “A polícia estava perseguindo capoeiras matadores de marinheiros (nota - apelidos dos portugueses). Os clubes se fundavam sob inspiração clandestina de nomes e símbolos” (Rui Duarte na obra citada). Vassourinhas nasceu, ao menos oficialmente, em 6 de janeiro de 1889, e Lenhadores, em 1897. Os símbolos dos dois era o famigerado cacete de pau de quiri, mas a arma, velada: A Vassoura podia ser feminina, mas o cabo, na hora da refrega, virava pau puro. O machado da Lenhadores, mesmo que a machadinha fosse de papel, na hora de enfrentar o inimigo, transformava-se no mesmo cacete com que os capoeiras investiam contra os desafetos. Os passos, e aí, todos os historiadores, concordam, vieram da capoeira, a luta transmudando-se, com o passar do tempo, numa coreografia única.

E a música? Que o nome "frevo" é corrutela de "ferver", isto é ponto pacífico entre todos historiadores e pesquisadores. Quanto a música, recorremos novamente a Rui Duarte; “Quem fizesse música para promover estes movimentos subversivos poderia ficar exposto a conseqüências desastrosas. E a música pioneira, que veio abrir caminho para a que, anos depois, teria a designação própria de frevo passou a animar o carnaval pernambucano, executada pelos mesmos músicos-soldados dos batalhões aquartelados na cidade, nos mesmo instrumentos da corporação, com uma diferença apenas, em lugar da farda, vestiam fantasias”.

O dobrado das bandas militares acompanhou a transformação das manobras da capoeira, acelerando o andamento, acrescentando sincopas, ou terá sido as manobras dos capoeiras que foram adaptando-se à nova música que surgia? Valdemar de Oliveira, em seu antológico frevo, Capoeira e Passo, acredita que nasceram, dança e música ao mesmo tempo, numa simbiose raríssima na música popular universal, E, sem dúvida, inédita no Brasil. O certo é que por volta de 1905, o frevo-de-rua estava com o seu formato, tal como o conhecemos hoje, praticamente delineado, e antes da década de 20, não apenas consolidado como a música própria de carnaval, e unicamente de Pernambuco. Com personalidade tão atavicamente ligada à sua terra natal, que, como já foi assinalado, jamais foi executada apropriadamente fora dela. O frevo não é música que se transplante, conforme Valdemar de Oliveira.

Gravada desde final dos anos 20, no Rio de Janeiro, por grandes nomes do rádio , para consumo dos pernambucanos, o frevo passou a ter seus discos produzidos no Recife, a partir de 1955, quando a Fábrica de Discos Rozenblit ganhou estúdio e prensa de discos. O primeiro 78rpm da Rozenblit foi lançado em 1953 (mas fabricado na Sinter, no Rio), com o frevo-canção Boneca (Aldemar Paiva/José Menezes), e Come e dorme, frevo-de-rua de Nelson Ferreira.

José Rozenblit, presidente da gravadora, monopolizou o mercado (exigia, inclusive, exclusividade, de cantores e compositores), expandindo o frevo para outros estados do Norte e Nordeste, e, sem igual sucesso, para as demais regiões do país. Somente foi sucesso nacional, em 1958, com Evocação, de Nelson Ferreira, o único frevo produzido em Pernambuco a competir com o samba num carnaval carioca (Vou gargalhar, do recifense Edgar Ferreira, campeão do carnaval do Rio, na voz de Jackson do Pandeiro, foi gravado quando o cantor já vivia na ainda capital da República).

Em Pernambuco, e estados vizinhos, o frevo era a música do carnaval, disputando a preferência dos foliões com as poderosas marchinhas importadas do Rio de Janeiro. Para conseguir esta proeza, José Rozenblit valia-se de uma maciça campanha de divulgação. Inédita na indústria do disco de então. Não apenas distribuía boa parte da tiragem dos álbuns com as principais emissora de rádios do país, como, na região metropolitana seu mercado principal, espalhava as partituras dos lançamentos para o carnaval com as centenas de orquestras que animavam a folia, na rua e clubes do Grande Recife.

Os discos de carnaval saíam da fábrica em setembro. Em fevereiro, portanto, já estavam na boca e no pé dos foliões. Bons tempos para o frevo que, infelizmente, passaram. Há anos que as emissoras de rádios só tocam frevos, e assim mesmo os clássicos, no período carnavalesco. Os discos de frevos continuam sendo lançados, sem divulgação, e sem execução no rádio e TV, portanto, não chegam ao povo. O frevo foi perdendo espaço para a música da moda, o sucesso pop de meio-de-ano acaba sendo o sucesso do carnaval. A culpa não é só dos meios de comunicação. Os músicos não têm acesso fácil ao frevo, música que exige conhecimentos formais, de orquestração, arranjo, e livros com partituras de frevo são praticamente inexistentes no mercado.

Foi atenta a esta dificuldade, que a Fundarpe aproveitando o gancho do centenário, em 2004, de dois dos maiores autores e frevo, Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba, e Edgard Moraes, elaborou o livro Capiba e Edgard Moraes 100 anos de frevo. A volumosa obra, contém arranjos, para todos os instrumentos de uma orquestra de frevo, das principais composições dos dois compositores, assinados pelos maestros José Menezes, Duda , e Spok.

A impossibilidade de repetir o feito de Rozenblit e fazer chegar a mãos dos mestres de bandas e maestros de orquestras esta compilação de partituras, levou a Fundarpe a criar o site . e não restrito ao trabalho de Capíba e Edgard Moraes, mas a outros compositores, desde o extraordinário mestre do frevo-de-rua Levino Ferreira, quanto ao frevo-de-bloco (ou marcha-de-bloco), de Getúlio Ferreira, chegando até o frevo-canção contemporâneo de Lula Queiroga.

Se o frevo, como escreveu Valdemar Oliveira, não é música que convida, mas arrasta. Entrem todos neste arrastão do frevo virtual, disponível, 24 horas, ad infinitum, Façamos votos para que seja sempre atualizado pelas futuras gestões da Fundarpe, para que o frevo comemore, muitos e muitos e muitos 9 de fevereiro, data em que pela primeira vez o termo foi visto num jornal do Recife – Jornal Pequeno – no ano de 1907, data oficial do nascimento desta música que a partir de agora toda a Terra pode ter.

José Teles
Jornalista

A História do Frevo




O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do Maxixe da capoeira (luta e dança de origem africana). Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.
A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

A origem da palavra "Frevo"

A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o
Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 12 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 09 de Fevereiro de 2007, a Prefeitura da Cidade do Recife comemorou os 100 anos do Frevo durante o carnaval de 2007.